21 de fevereiro de 2012

Só um novo post...sem expectativas

Mais um dia just looking around, já passou um tempinho desde que senti à vontade de vir aqui, certo é que as redes sociais, definitivamente o Facebook tem uma pequena grande parte da culpa da minha ausência, ok, ok, também há outras, a minha mais que reconhecida preguiça temporal, a falta de motivação estacional e isso como disse unindo ao facto de nos raros casos de sentir a vontade de escrever algo estar sempre ali mais "à mão" a já citada pagina, onde é muito mais fácil condensar e enlatar alguns fragmentos das emoções momentâneas, do que vir para aqui divagar.
Sim divagar. Sempre começa da mesma forma "hummm tenho vontade de escrever", e eis que é o começo do tormento porque começa a lista do "e que vou escolher para contar primeiro?". É isso: ou não há uma única ideia, ou apresentam-se as dezenas mas completamente emaranhadas, sem começo, sem fim, sem estrutura.... Yep, just like me!
Confesso que estava simplesmente a divagar por ai, quando algo se me ocorreu, e "heyy, vou ali ao pasquim abandonado contar", agora que comecei, já não sei qual foi a ideia inicial, ao entrar no bloguer o primeiro que vi foi a lista de alguns blogs que eu sigo, um deles a muito tempo também que não visitava (aqui), e o que parecia ser só um post de "voltei" desatou 2 coisas (ou alguma mais), a primeira que me relembrou o porque de eu começar a seguir esse blog, a segunda (e esta trás muito mais com ela)....:

it's been a while desde que anuncie aqui que tinha um novo brinquedo (agora já é uma parte mais da minha mão), se o mesmo tempo tivesse passado desde que um conhecido ou amigo me tivesse visto e nos encontrássemos, e me fizesse a típica pergunta "Então e novidades?" A minha resposta seria a mesma de sempre: "Nada, nenhuma, sempre tudo igual, continuo no mesmo sitio, igual, bla bla bla...". Lies...Sim, essas mentiras que dizemos diariamente, por inúmeras razões, sim mudaram, mudou tudo, eu mudei, não posso dizer que seja a mesma que a uns quantos meses atrás...Sou composta de ideias, e umas quantas (ouuhh yeap umas boas "quantas") se tem mexido.
Admito, que na minha mania de analisar tudo tinha encontrado até agora justificação e causas a quase tudo, e coisas racionais, tangíveis, demonstráveis do porquê das mudanças, mas o certo, a verdade é que me faltava algo, não me saiam as contas, algo ali não conseguia justificar tudo o que estou a sentir e algumas dessas mudanças, e eis ai que entra em cena o que comentava anteriormente quando li : "O instinto animal mais básico é o de tentar escapar quando nos sentimos presos /.../" Damm... Esteve sempre ai, e não tinha pensado seriamente. Tudo o que tem acontecido e o que esta para vir é desse instinto que, para sorte ou desgraça minha, em mim sempre se manifestou. Mas esta vez bateu...de maneira complicada.
Tudo se torna complicado quando dum momento para outro começas a sentir seria repulsa pelo trabalho que tens, quando chegar à entrada te faz entender o que deve sentir uma vaca quando esta prestes a ser marcada com um ferro candente, tudo se torna lixadamente diferente quando ao pensares em algo para descrever a cidade onde vives só te vem a cabeça palavras e imagens bastante tristes e desagradáveis, pior ainda, nalgum momento achei que já poderia ser ódio, mas não, nem sequer isso porque nunca "amei" o lugar, sempre foi um corredor, aquele que usas para poder chegar a um certo quarto ou lugar onde realmente queres ir, mas que nunca passas mais tempo nesse corredor do estritamente necessário para chegar ao destino. E que acontece quando vês que o "corredor" tal qual como se de um filme de terror se tratasse te da a sensação que é cada vez mais comprido, e mais, e continuas a ver as mesmas paredes beges sem nada nelas, cada vez menos vês o fim e já não sabes se estas a avançar e o destino a afastar-se, ou se simplesmente ficaste quieta?
Tudo é muito mais difícil quando sentes cada novo dia que passa, que uma ideia, projecto, esperança, vontade, morre.
Acontece que com tudo junto, começas a caminhar com o peso de muito cadáver nas costas... E nesses pequenos momentos, nos quais sempre tive a ligeira sensação que estão entre a linha que divide a loucura e a lucidez, estas perante um espelho e não sabes quem te esta a devolver o olhar... Ao ponto de que em cada vez a vais reconhecendo menos, não tens sequer aquela sensação de "humm...aquela cara não me é estranha, acho que nalgum sitio nos cruzamos", cada vez perdes mais o contacto. E o realmente complicado vem quando analisas essa estranha e o que vês nela, e te provoca ira, vontades de bater, de abana-la, de gritar, de lhe atirar a cara que representa tudo aquilo que te repulsa, aquilo que mata tudo lentamente... E não podes, não podes fazer nada porque olhas a volta e estas num cubo de vidro, e bates e gritas, mas nem te ouve, nem se mexe nada... Mas, (e espero que continue sempre a ter um "mas" na ponta da minha língua, na ponta dos meus dedos, e na linha da minha vida) mas um dia sem querer escorregas bates nesse vidro e ainda zonza das conta de que rachou, pouco, talvez quisesse que fosse mais, mas com esse pouco é suficiente, com esse pouco se continuas aos pontapés talvez consigas algo, com tempo e sem deixar de sentir aquilo que te arde por dentro, esse muro de vidro vai acabar por ir abaixo, em pequenos bocadinhos, e esse dia....esse dia vais poder esbofetear essa estúpida estranha que não parava de te olhar sem se mexer, fazê-la desaparecer, e sair, voltar ao lado que te corresponde...O instinto animal mais básico é o de tentar escapar quando nos sentimos presos...