30 de maio de 2011

Papoilas


"As papoilas são tão frágeis que às vezes parece que são tristes, como ao fim da tarde, mas não sei, porque outras vezes parecem alegres e que dão gargalhadas de fogo. Às vezes parece que sabem tudo e que são filosóficas e profundas, mas outras vezes parecem descuidadas e estouvadas e juvenis.
Acho que ninguém sabe como é que uma papo
ila é realmente, porque as papoilas são muito independentes e não se deixam cativar. É um bocado como um gato ou a raposa do Principezinho mas as papoilas são ainda mais bonitas e mais sábias e mais esquivas. Mas não sei se é rebeldia ou timidez ou as duas coisas ou nenhuma. Com as papoilas é sempre assim. Ninguém sabe se as papoilas são sempre daquela cor ou se é só quando olhamos para elas.
As papoilas são um grande mistério.
Como são muito vistosas e bonitas parecem toleironas, mas quando nos aproximamos vemos como são frágeis e percebemos que afinal são modestas e delicadas.
Também há mulheres assim, mas essas são um grande perigo..."

José Vítor Malheiros in Público

3 comentários:

Sexinho disse...

Adoro papoilas!
Tão vibrantes e tão frageis...

Sammy disse...

Também eu adoro. O texo esta muito bem apontado para elas ;))

Sexinho disse...

Adoro tanto papoilas!
Tão frageis e tão sedosas!